A Executiva Nacional do PSOL aprovou nesta sexta-feira (11) o lançamento de uma plataforma colaborativa para definir as prioridades programáticas do partido nas eleições de 2022 e as propostas que serão apresentadas à candidatura de Lula pelo PSOL para que seja possível reconstruir o Brasil e que serão base para o partido discutir seu apoio à candidatura.
A abertura oficial das discussões e o lançamento da plataforma ocorrerão em um ato chamado de “Direito ao futuro: diálogos do PSOL para reconstruir o Brasil” no próximo dia 16, em Brasília, e contará com coletiva de imprensa e presença de presidentes de partidos.
A plataforma terá cinco eixos centrais: economia, trabalho e renda; ampliação dos direitos sociais; direitos humanos e combate às opressões; meio ambiente, crise climática e transição energética; democracia, instituições e relações internacionais.
Qualquer um poderá dar sua contribuição às propostas através da plataforma que será lançada e também serão realizados debates em todas as regiões do Brasil sobre cada um dos eixos centrais com especialistas das áreas, movimentos sociais, partidos de esquerda, militantes e ativistas.
Os três principais itens programáticos que baseiam as propostas do PSOL para reconstruir o Brasil são a revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016 (reforma trabalhista, reforma da previdência e Teto de Gastos); o enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética, defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, garantia de direitos aos povos indígenas, tradicionais e quilombolas; e a proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos dos super-ricos/bilionários.
De acordo com as resoluções, o PSOL tem como principal tarefa a derrota de Bolsonaro. Para isso, reconhece como necessária a unidade dos partidos de esquerda e a criação de um programa capaz de enfrentar a crise que o Brasil vive.
“Vencer as eleições é só o primeiro passo. Além disso, precisaremos de um programa que derrote, ao mesmo tempo, o neoliberalismo e a extrema-direita. Para ser implementado, esse programa enfrentará a resistência de setores poderosos, o que vai exigir disposição para o conflito e a mobilização popular”, afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.